Se eclipses podem ter algum significado "metafísico", o de sábado anunciou a chegada de um sobrevivente a Brasília: eu. Na verdade, nada demais. Mas saí tarde de Diamantina para cumprir um trajeto longo, errei o caminho, calculei mal os intervalos de abastecimento, peguei muito trânsito na chegada. Assim que entrei no Eixo Monumental vi a Lua por cima do Memorial JK e saí de uma espécie de transe que colocou a moto no piloto automático.
A feira Feras Sobre Duas Rodas foi montada para receber um grande número de visitantes em seus 3 dias. Motociclistas tinham estacionamento fechado, coberto, exclusivo e com segurança dentro do pavilhão; a praça de alimentação era variada; os corredores de circulação eram amplos; os stands tinham muitas motos, bicicletas, equipamentos, acessórios; a área para shows comportaria milhares de pessoas sem o menor problema. Apesar disso tudo, a feira estava bem vazia. Vai ver aconteceu alguma coisa em Brasília e não fiquei sabendo...mas me pareceu uma pena o desperdício.
A 4a Etapa do Brasileiro de Motovelocidade foi um espetáculo. Duas baterias de Superbike, uma de Hornet e uma de 250cc. Foi impossível não ficar parecendo criança no parque quando as motos ligavam os motores alinhadas para a volta de apresentação ou quando aceleravam para a largada; quando rolavam as disputas acirradas por posições; quando a bandeira de chegada recebia o vencedor; quando os troféus eram entregues no pódio. Mas, se tiver que ser mais discreto, vou colocar a culpa da insanidade temporária, no sol, no ar seco de Brasília ou no Eclipse mesmo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário