Não teve jeito, fui a Diamantina. Quando pensei que seria um final de semana prolongado em Patrocínio, que sempre quis ir a Diamantina, que o 2o Encontro Nacional de Motos Clássicas aconteceria no mesmo período e que três caras e suas respectivas estavam confirmados, soube que tinha que aproveitar a oportunidade.
Em Três Marias, entendi que tinha saído tarde demais e não ia mais alcançar as outras motos então cedi aos cantos das sereias do Velho Chico. 500m numa entradinha de terra e estava praticamente dentro d'água: Rua dos Pescadores, n. 30. Parei para comer um peixe, jogar meio dedinho de prosa fora, ver as bonecas e carrancas típicas e ficar pensando que saindo da Serra da Canastra, cortando Minas, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, o "Rio São Francisco vai bater no meio do mar" - 2700km depois. A viagem começou tarde mas começou bem.
Quase chegando em Diamantina, já depois de Gouveia, passei por um dos trechos de estrada mais bonitas que já vi. O evento tinha mais motos modernas que clássicas, a infra era basicamente um palco e os participantes estavam espalhados por toda a cidade - cada uma dessas características teve seu lado bom e outro nem tanto. Um coral seresteiro se apresentou no começo da noite de lua cheia da sexta. Mais tarde, o Creedence Cover foi o ponto alto. Sábado de manhã a cidade acordou cedo com a feira de artesanato, comes & bebes e música ao vivo.
Aos poucos, mais motos iam chegando. Outros vinham para ver a Vesperata. Outros ainda, para o motocross. Eu? Eu sempre soube que uma visita não faria justiça à cidade. Fui mesmo para um encontro com Diamantina e não em Diamantina. Por isso, pensando nos eventos em Brasília, peguei estrada.
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