"Não eram nem cinco da manhã quando eu saí daqui. Suzim, suzim. Eu e Jisus. Saí no dia 23. Eu queria ir até Rinópolis...é, é São Paulo. Ia dormir lá e acabar de chegar no outro dia.
Até Uberaba foi tudo bem. Logo depois começaram uns 20km de chão. Daqueles com os buracos virados do avesso. Passou o chão e voltei pros 120km/h. Eu 'tava imaginando que nessa velocidade e a média de 21km/l, eu ia chegar a São José do Rio Preto. Eu já tinha visto o posto quando a moto começou a falhar. Ah! Comecei a balançar essa moto de um lado pro outro, vap, vap! Ela ficou querendo apagar, querendo funcionar, eu balançando a moto e ela chegou na bomba desligada. Só no embalo. Tirei o capacete dando risadas e o frentista nem acreditou. Cheguei lá perto de uma da tarde e bebi com meus primos até lá pela uma da manhã...ahn? É, fiquei mais tempo comemorando a chegada do que viajando.
4h da manhã, eu já 'tava de pé. Não dá para dormir naquele calor. Daí passei por Presidente Epitácio...a coisa mais linda do mundo. Eu marquei uns 12km de ponte. O Saulo e o Juninho já passaram por lá também. Depois peguei um trecho tão ruim de estrada, o calor tão forte e o sono começou a bater. Tive que parar para abastecer a moto e o piloto. Pronto. A estrada melhorou e rapidinho e eu tinha andado mais de 1300km.
Em Dourados eu vi minha 'Vozinha que tá muito bem, com muita saúde e com seus 90 anos. Meu 'Vô também, com 93 anos, muito brincalhão, muito alegre. Eles acharam o máximo o neto motociclista, curtiram muito. Daí foi natal em família, peru, carneiro e um calor daqueles. Mas a volta é que guardava as surpresas.
Saí de manhazinha, lá pelas 5h, andei uns 100km, abasteci, andei mais uns 40km e a moto bum! mór-reu! Olhei o combustível, vela, faísca, parte elétrica e nada. Esperei por 7 horas, 7 horas pelo reboque! Daí meu primo chegou com uma F4000, colocamos a moto em cima e voltamos para a cidade sem saber onde ia parar a moto. Isso depois de ficar mais puto ainda porque a Honda de Dourados não prestou socorro. Chegando lá, meu primo se lembrou de uma oficina e, foi aí que minha sorte melhorou.
De longe já vi várias custom paradas, uns caras com pinta de motociclista na porta, um sofá e uma churrasqueira. Antes de descer a moto, já fiquei conhecendo o Jobert, o Miudinho (de uns 2m) e a galera toda. "Você bebe, né, irmão de estrada?" Na mesma hora, o Jobert já começou a mexer na moto...isso já eram mais de 6h da tarde...achou o problema e resolveu. Fiquei lá umas 3 horas ainda depois que a moto já estava pronta. Você precisa ver que galera, que galera!
No outro dia saí cedo de novo e, adivinha? A uns 100km de Dourados a moto pára de novo. Liguei pro Jobert, acordei o cara, ele juntou umas ferramentas, botou numa moto 125cc e veio me socorrer. Enquanto estava esperando por ele, um companheiro de Intruder 125cc parou por lá. Contou que ia viajar mais de 2000km sozinho na 125 e me mostrou a frigideira, os temperos e explicou: paro num posto, armo a barraca, compro umas latinhas e uns bifes e cozinho ali mesmo. Não é que eu não tenho o dinheiro. É que eu gosto." Ou, pensa num cara gente boa...
O Jobert chegou lá e descobriu que era outro problema e ele ia precisar de mais ferramentas. Montou na moto dele e me empurrou por uns 20km. Ele na 125cc dele com o pezão esticado empurrando minha moto, comigo e bagagem por 20km! Ô...você não acredita no tanto que os caras querem te ajudar! No posto, ele pegou umas chaves numa auto-elétrica e consertou a moto. Nem cobrar o cara queria, pra você ter uma idéia!
No outro dia, consegui sair de Rinópolis de novo lá pelas 5h da manhã. Eu estava chegando em Uberaba quando a moto parou de novo. Como eu tinha prestado atenção em tudo que ele tinha feito no dia anterior, eu tentei o mesmo macete para desentupir o carburador. Não é que deu certo? Eu já tinha ligado pro Vô pedindo pra ele me buscar lá. Enquanto eu estava esperando e mexendo na moto, chegaram dois caras, numas motonas novas, bonitonas. Quando eles pararam eu vi que eram duas Boulevard 1500. Olha só! Um deles me ajudou e outro ficou fumando e perguntando "Vocês sabem mexer nisso aí?". A moto funcionou e fui com eles até Uberaba. De lá, eles foram para Araxá e eu fui para Nova Ponte encontrar o Vô. É...só que o Vô foi me buscar de moto! Tomamos uma cerveja e voltamos numa chuvinha fraquinha.
Que viagem, que viagem! Vai ser bão!
Até Uberaba foi tudo bem. Logo depois começaram uns 20km de chão. Daqueles com os buracos virados do avesso. Passou o chão e voltei pros 120km/h. Eu 'tava imaginando que nessa velocidade e a média de 21km/l, eu ia chegar a São José do Rio Preto. Eu já tinha visto o posto quando a moto começou a falhar. Ah! Comecei a balançar essa moto de um lado pro outro, vap, vap! Ela ficou querendo apagar, querendo funcionar, eu balançando a moto e ela chegou na bomba desligada. Só no embalo. Tirei o capacete dando risadas e o frentista nem acreditou. Cheguei lá perto de uma da tarde e bebi com meus primos até lá pela uma da manhã...ahn? É, fiquei mais tempo comemorando a chegada do que viajando.
4h da manhã, eu já 'tava de pé. Não dá para dormir naquele calor. Daí passei por Presidente Epitácio...a coisa mais linda do mundo. Eu marquei uns 12km de ponte. O Saulo e o Juninho já passaram por lá também. Depois peguei um trecho tão ruim de estrada, o calor tão forte e o sono começou a bater. Tive que parar para abastecer a moto e o piloto. Pronto. A estrada melhorou e rapidinho e eu tinha andado mais de 1300km.
Em Dourados eu vi minha 'Vozinha que tá muito bem, com muita saúde e com seus 90 anos. Meu 'Vô também, com 93 anos, muito brincalhão, muito alegre. Eles acharam o máximo o neto motociclista, curtiram muito. Daí foi natal em família, peru, carneiro e um calor daqueles. Mas a volta é que guardava as surpresas.
Saí de manhazinha, lá pelas 5h, andei uns 100km, abasteci, andei mais uns 40km e a moto bum! mór-reu! Olhei o combustível, vela, faísca, parte elétrica e nada. Esperei por 7 horas, 7 horas pelo reboque! Daí meu primo chegou com uma F4000, colocamos a moto em cima e voltamos para a cidade sem saber onde ia parar a moto. Isso depois de ficar mais puto ainda porque a Honda de Dourados não prestou socorro. Chegando lá, meu primo se lembrou de uma oficina e, foi aí que minha sorte melhorou.
De longe já vi várias custom paradas, uns caras com pinta de motociclista na porta, um sofá e uma churrasqueira. Antes de descer a moto, já fiquei conhecendo o Jobert, o Miudinho (de uns 2m) e a galera toda. "Você bebe, né, irmão de estrada?" Na mesma hora, o Jobert já começou a mexer na moto...isso já eram mais de 6h da tarde...achou o problema e resolveu. Fiquei lá umas 3 horas ainda depois que a moto já estava pronta. Você precisa ver que galera, que galera!
No outro dia saí cedo de novo e, adivinha? A uns 100km de Dourados a moto pára de novo. Liguei pro Jobert, acordei o cara, ele juntou umas ferramentas, botou numa moto 125cc e veio me socorrer. Enquanto estava esperando por ele, um companheiro de Intruder 125cc parou por lá. Contou que ia viajar mais de 2000km sozinho na 125 e me mostrou a frigideira, os temperos e explicou: paro num posto, armo a barraca, compro umas latinhas e uns bifes e cozinho ali mesmo. Não é que eu não tenho o dinheiro. É que eu gosto." Ou, pensa num cara gente boa...
O Jobert chegou lá e descobriu que era outro problema e ele ia precisar de mais ferramentas. Montou na moto dele e me empurrou por uns 20km. Ele na 125cc dele com o pezão esticado empurrando minha moto, comigo e bagagem por 20km! Ô...você não acredita no tanto que os caras querem te ajudar! No posto, ele pegou umas chaves numa auto-elétrica e consertou a moto. Nem cobrar o cara queria, pra você ter uma idéia!
No outro dia, consegui sair de Rinópolis de novo lá pelas 5h da manhã. Eu estava chegando em Uberaba quando a moto parou de novo. Como eu tinha prestado atenção em tudo que ele tinha feito no dia anterior, eu tentei o mesmo macete para desentupir o carburador. Não é que deu certo? Eu já tinha ligado pro Vô pedindo pra ele me buscar lá. Enquanto eu estava esperando e mexendo na moto, chegaram dois caras, numas motonas novas, bonitonas. Quando eles pararam eu vi que eram duas Boulevard 1500. Olha só! Um deles me ajudou e outro ficou fumando e perguntando "Vocês sabem mexer nisso aí?". A moto funcionou e fui com eles até Uberaba. De lá, eles foram para Araxá e eu fui para Nova Ponte encontrar o Vô. É...só que o Vô foi me buscar de moto! Tomamos uma cerveja e voltamos numa chuvinha fraquinha.
Que viagem, que viagem! Vai ser bão!
Um comentário:
Gostei demais desta aventura e de perceber quanto de boa gente tem neste mundo pra começar por voce.Fico me imaginando numas aventura destas "que inveja".Wagner
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