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“Dormia motociclismo, respirava motociclismo, comia motociclismo (...) Paulé, Tucano e Denísio. Moto, moto, moto – e mais nada. No início da década de 70, era assim: com esse trio não tinha papo-furado, o negócio era acelerar sobre duas rodas, ser o mais rápido, ousar nas manobras, ser livre não de forma teórica, mas na prática, na pista, no barro, na rua – mesmo que para isso fosse preciso morrer, como aconteceu com outro ídolo da época, Carlos Alberto Pavan, o Jacaré, que bateu as botas num racha na avenida Cidade Jardim, em 1975. (...) Perceberam como três amigos com interesses em comum numa época podem se distanciar a ponto de parecerem pessoas quase desconhecidas décadas mais tarde. Foram cada um para um lado, sem nenhuma certeza de que se verão novamente nesta vida, cada vez mais longe das lembranças que transformavam liberdade e motociclismo em sinônimos.
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